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Opinião – Racha no PSL coloca futuro do governo de Rondônia em xeque


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Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

A crise interna do PSL em Rondônia, que estava abafada por questões internas, pois poderia refletir de forma negativa ao governo do Estado, explodiu. Os problemas tiveram início, após as eleições de 2018, quando o coordenador da campanha João Cipriano, que concorreu como 1º suplente de Jaime Bagattoli, que disputou o Senado. Bagattoli, somou mais de 212 mil votos, mas perdeu para o ex-governador Confúcio Moura (MDB), que se elegeu com mais de 230 mil votos.

Antes mesmo da posse do governador-eleito, coronel Marcos Rocha (PSL) o partido ficou dividido, porque Bagattoli foi ignorado na composição da equipe de governo, como se a votação expressiva para um estreante no processo eleitoral nada representasse. Bagattoli reclamou publicamente e João Cipriano se afastou do partido, que ele ajudou a organizar no Estado, inclusive sendo peça fundamental no processo político que elegeu Rocha.

Esta semana, em entrevista ao jornal “Folha do Sul”, hoje apenas eletrônico, Bagattoli apresentou um amplo documento sobre sua saída do PSL e explicando os motivos. Nota da coluna RD POLÍTICA, desta semana, diz que tentaram prejudica-lo confirma que ele foi pressionado na campanha, inclusive negando espaço para sua candidatura, que só foi concretizada por determinação da Executiva Nacional. Bagattoli diz no documento, que as pressões contra ele ocorreram por interesses financeiros.

Jaime confirmou também, que ajudou financeiramente o PSL na campanha, porque o partido não tinha dinheiro para a o processo eleitoral em Rondônia e afirma que Marcos Rocha só foi eleito, graças ao seu apoio político e financeiro.

O “racha” interno do PSL, partido comandado pelo governador do Estado, não é bom para Rondônia. Bagattoli é um dos maiores produtores rurais do Cone Sul, pessoa conhecida pelo trabalho, dedicação e de conduta ilibada, apesar de possessivo e “briguento”. Certamente seria muito mais importante para o governo que continuasse sendo um aliado e não um adversário.

Também é justo dizer que o governo Marcos Rocha caminha com a rapidez de uma tartaruga. Estamos entrando para o último trimestre do seu governo e o Estado está com quase tudo por se fazer. Esperava-se mais de Rocha e sua equipe.

As estradas pavimentadas, ou que deveriam estar, as conhecidas ROs estão esburacadas e certamente não terão condições de recuperação com a chegada do inverno amazônico (chuvas). As de leito natural também não apresentam as mínimas condições de tráfego seguro com sérios prejuízos para o setor produtivo e ao direito de ir e vir do cidadão.

O que mais preocupa é que o DER está com a grana curta e com o parque de máquinas sucateado. As residências do interior e da capital não têm condições de atender a demanda e o pós-chuvas sinaliza que voltaremos aos tempos de antanho com estradas intransitáveis, mesmo as ROs, que deveriam estar pavimentadas.

A “briga” com Bagattoli não é boa para o governo e muito menos para o Estado. Ele lidera um dos segmentos mais importantes para a economia de Rondônia, que foi fundamental para a eleição de Rocha em 2018.

Falta ao governo do Estado, além de mais projetos viáveis e ações intensivas e palpáveis na mobilidade, para garantir escoamento da produção (grãos, gado, peixe, suíno), mas principalmente na área política, que tem como fundamento principal somar sempre, jamais dividir.

No futuro saberemos se o desligamento de Bagattoli será positivo ou negativo para o Estado. A expectativa é que seja positiva, com desenvolvimento de projetos simples e viáveis. Hoje a prioridade é fortalecer o DER para garantir mobilidade para o setor produtivo, além do ir e vir da população.

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